domingo, 11 de outubro de 2009

A QUEDA


Sou um alvo fácil, não ofereço resistência ou perigo algum, pareço aqueles patinhos do tiro ao alvo no parque de diversão; acordo forte, alegre, feliz! Já pela hora do almoço sinto uma certa fragilidade, e por fim, durmo como um cervo rodeado por leões ferozes e famintos, a mercê da sorte, da vontade do inimigo. Covardes! Hipócritas! Sim, sou um alvo fácil, qualquer idiota me derrotaria, qualquer sentimento ou pensamento contrário me afasta do caminho. O bom combatente está em desuso, minha farda está embolorada na gaveta, sou fraco! Sou único! Preciso amar, mas não amo. Preciso de perdão, mas não tenho! Preciso compreensão, mas só há intolerância! Histórias e momentos que não devo e não posso mais me lembrar; pra que serviram então? Quem é você, quem você pensa que é? Cadê você? O que fizeram de você? Fica longe vai, suma! O Diabo vai te consumir pelas entranhas! Não, não é só isso, sou contraditório, médico e louco também, eu assumo! Oh lindinha quanta falta você me faz! Entenda, quantas vezes vou acordar sem você ao lado? Quantas vezes ainda sonharei com você? Quantas vezes terei que cair diante de ti? É, sou fácil, sou um alvo muito fácil!

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