domingo, 29 de novembro de 2009

TEOLOGIA DA PROSPERIDADE (PARTE 1)*reprodução



Por: Ariovaldo Ramos

Quando, na década de 80, a teologia da prosperidade chegou ao Brasil, ela veio como uma nova tese sobre a fé, prometia o céu aqui para o que tivesse certo tipo de fé. As promessas eram as mais mirabolantes: garantia de saúde a toda prova, riqueza, carros maravilhosos, salários altíssimos, posições de liderança, prosperidade ampla, geral e irrestrita. Lembro-me de, nessa época, ter ouvido de um ferrenho seguidor dessa teologia que, quem tivesse fé poderia, inclusive, negociar com Deus a data de sua morte, afirmava que, na nova condição de fé em que se encontrava, Deus teria de negociar com ele a data de sua partida para mundo dos que aguardam a ressurreição do corpo. Estamos, há cerca de vinte anos convivendo com isso, talvez, por isso, a grande pergunta sobre essa teologia seja: Como têm conseguido permanecer por tanto tempo? A tentação é responder a questão com uma sonora declaração sobre a veracidade desta proposição, ou seja, permanece porque é verdade, quem tem fé tem tudo isso e muito mais. Entretanto, quando se faz uma pesquisa, por mais elementar, o que se constata é que as promessas da teologia da prosperidade não se cumpriram, e, de fato, nem o poderiam, quando as regras da exegese e da hermenêutica são respeitadas, percebe-se: não há respaldo bíblico. Então qual a razão para essa longevidade?

Em primeiro lugar, a vida longa se sustenta pela criatividade, os pregadores dessa mensagem estão sempre se reinventando, bem fez um de seus mais expoentes pregadores quando passou a chamar seu programa de TV de “Show da Fé”, de fato é um espetáculo ás custas da boa fé do povo. Mesmo os mais discretos estão sempre expondo o povo, em alguns casos, quando mais simplório melhor, em outros, quanto mais bonita, e note-se o feminino, melhor. Além disso, é uma sucessão de invencionices: um dia é passar pela porta x, outro é tocar a trombeta y, ou empunhar a espada z, ou cobrir-se do manto x, e, por aí vai. Isso sem contar o sem número de amuletos ungidos, de águas fluidificadas e de bênçãos especiais. Suas igrejas são verdadeiros movimentos de massa, dirigidos por “pop stars” que tornam amadores os mais respeitados animadores de auditório da TV brasileira.

TEOLOGIA DA PROSPERIDADE (PARTE 2)*reprodução



Por: Ariovaldo Ramos

Em segundo lugar, a vida longa se mantém pela penitência; os pregadores dessa panacéia descobriram que o povo gosta de pagar pelos benefícios que recebe, algo como “não dever nada a ninguém”, fruto da cultura de penitência amplamente disseminada na igreja romana medieval, aliás, grande causadora da reforma protestante. Tudo nessas igrejas é pago. Ainda que cada movimento financeiro seja chamado de oferta, trata-se, na prática, de pagamento pela benção. Deus foi transformado num gordo e avaro banqueiro que está pronto a repartir as suas benesses para quem pagar bem, assim, o fiel é aquele que paga e o faz pela fé; a oferta, nessas comunidades, é a única prova de fé que alguém pode apresentar. Na idade média, como até hoje, entre os romanos, Deus podia ser pago com sacrifícios, tais como: carregar a cruz por um longo caminho num arremedo da via “crucis”, ou subir de joelhos um número absurdo de degraus, ou, em último caso, acender uma velinha qualquer, não é preciso dizer que a maioria escolhe a vela. Mas, isso é no romanismo! Quem quer prosperidade, cura, promoções, carrões e outros beneplácitos similares têm de pagar em moeda corrente, afinal, dinheiro chama dinheiro, diz a crença popular. E tem de pagar antes de receber e, se não receber não pode reclamar, porque Deus sabe o que faz e, se não liberou a bênção é porque não recebeu o suficiente ou não encontrou a fé meritória. Esses pregadores têm o consumidor ideal.

Em terceiro lugar são longevos porque justificam o capitalismo, embora, segundo Weber, o capitalismo seja fruto da ética protestante, (aliás, a bem da verdade é preciso que se diga que o capitalismo descrito por Max Weber em seu livro “A ética protestante e o espírito do capitalismo” não é, nem de longe, o praticado hoje, que se sustenta no consumismo, enquanto aquele se erguia da poupança, além disso, como sociólogo, Weber tirou uma foto, não fez um filme, suas teses se circunscrevem a sua época e nada mais) a fé, de modo geral, evangélica nunca se deu bem com a riqueza. A chegada, porém, dessa teologia mudou o quadro, o capital está, finalmente, justificado, foi promovido de grilhão que manieta a fé em troféu da mesma. Antes, o que se assenhoreava do capital tornava-se o avaro acumulador egoísta, agora, nessa tese, é o protótipo do ser humano de fé. Antes, o que corria atrás dos bens materiais era um mundano, hoje, para esses palradores, é o que busca o cumprimento das promessas celestiais. Juntamente com o capitalismo, essa mensagem justifica o individualismo, a bênção é para o que tem fé, ela é inalienável e intransferível. Eu soube de uma igreja dessas que, num rasgo de coerência, proibiu qualquer socorro social na comunidade para não premiar os que não têm fé. Assim, quem tem fé tem tudo quem não tem fé não tem nada. Antes, ter fé em Cristo colocava o sujeito na estrada da solidariedade, hoje, nesse tipo de pregação, o coloca no barranco da arrogância. Toda “esperteza” está justificada e incentivada. Não é de estranhar que ética seja um artigo em falta na vida e no “shopping center” de fé desses “ministros”.

TEOLOGIA DA PROSPERIDADE (PARTE 3)*reprodução



Por: Ariovaldo Ramos

Mas, o que isso tudo tem gerado, de verdade? Decepção, fragorosa decepção é tudo o que está sobrando no frigir dos ovos. As bênçãos mirabolantes não vieram porque Deus nunca as prometeu, e Deus não pode ser manipulado. O sucesso e a riqueza que, porventura, vieram foram mais fruto de manobras “espertalhonas”, para dizer o mínimo, do que resultado de fé. Aliás, para muitos foi ficando claro que o que chamavam de fé, nada mais era do que a ganância que cega, o antigo conto do vigário foi substituído pelo conto do pastor. Gente houve que ficou doente, mas, escondeu; perdeu o emprego, mas, mentiu; acreditou ter recebido a cura, encerrou o tratamento médico e morreu. Um bocado de gente tentando salvar as aparências, tentando defender os seus lideres de suas próprias mentiras e deslizes éticos e morais; um mundo marcado pela esquizofrenia. O individualismo acabou por gerar frieza, solidão e, principalmente, perda de identidade, porque a gente só se torna em comunidade. Tudo isso acontecendo enquanto muitos fiéis observavam o contraste entre si e seus pastores, eles sendo alcançados pela perda de bens, pela angústia de uma fé inoperante, pela perda de entes queridos que julgavam absolutamente curados e os pastores enriquecendo, melhorando sensivelmente o padrão de vida, adquirindo patrimônio digno de nota, sendo contado entre o “jet set”, virando artistas de TV, tudo em nome de um evangelho que diziam ter de ser pregado e que suas novas e portentosas posses avalizavam.

E onde estão estes decepcionados? E para onde estão indo os seus pares? Muitos estão, literalmente, por aí, perderam aquela fé, mas não acharam a que os apóstolos e profetas da escritura judaico-cristã anunciaram; ouviram o nome Cristo, mas não o encontraram e pararam de procurar. Talvez, estejam perdidos para evangelho; para sempre. Outros, no meio de tudo isso foram achados por Cristo e estão procurando pelo lugar onde ele se encontra. Para os primeiros não há muito que fazer a não ser interceder diante do Eterno, para que se apiede dos que foram vergonhosamente enganados; para os que estão a procura, entretanto, é preciso desenvolver uma pastoral. Eles não estão chegando como chegam os que estão em processo de reconhecimento de Deus e do seu Cristo. Estão batendo às portas das comunidades que julgam sérias com a Bíblia a procura de cura para a sua fé, para a sua forma de ser crente, para a sua esperança de salvação, para a sua falta de comunidade e para a sua confusão doutrinária. Precisam, finalmente, ver a Jesus Cristo e a si mesmos; precisam, em meio a tanta desinformação encontrar o ensino, em meio a tanto engano recuperar a esperança. Necessitam de comunidade e de identidade, de abraço e de paciência, de paz e de alento, de fraternidade e de exemplo, de doutrina e de vida abundante. Quem quer que há de recebê-los terá de preparar-se para tanto, mesmo porque, ainda que certos da confusão a que foram expostos, a cultura que trazem é a única que têm e, nos momentos de crise, de qualquer natureza, será a partir desta que reagirão, até que o discipulado bíblico construa, com o tempo, uma nova e saudável cultura.

Hoje, para além de tudo o que encerra a sua missão, a Igreja tem de corrigir os erros que, em seu nome, e, em muitos casos, sob a sua silenciosa conivência, foram e, ainda, estão sendo cometidos.

Postagem original: Púlpito Cristão em 17.11.2009

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

MEU VELHO, MEU AMIGO!


Por: Neto Vilhena

Birro, este é o apelido do meu avô. Nascido em 1899, dono de armazém, figura carismática, engraçada por natureza e bem humorada graças a Deus. Pessoa respeitada e apreciada por todos; com o passar dos anos, após um acidente doméstico ficou com a audição comprometida. Infelizmente depois de adulto tive pouco contato com ele, porém minhas lembranças da infância ao seu lado ainda permanecem vivas na memória, aprendi muitas lições com este velho, umas delas é manter o bom humor na vida e ver as coisas com um olhar singelo e puro.

Apesar deste mundo moderno tentar me manter sempre ocupado, ranzinza e mal humorado, ainda experimento alguns surtos de meninice, do bom humor e rebeldia ao sistema convecional; sou moleque, sou uma criança de 42 anos, me nego a crescer e me tornar um idiota; o empresário dono da empresa tal, doutor fulano, pai austero, carrancudo, que não ri de mais nada, me nego mesmo! Basta! Hoje tento rebuscar essa sutileza nas relações, essa gentileza e simplicidade que nos fazem seres realmente humanos e que o meu lindo avô sabia expressar e viver como ninguém.

A vida está cheia de ciladas, e sabemos quem as arma, mas isso é outra história, a verdade é que diante de tanta praga hightech, violência e intolerância; somos obrigados a “fugir da mídia” de vez em quando, sem falar nas doenças, nos programas de TV como o SuperPop e Domingão do Faustão, Brasil Telecom callcenter, saudade da ex-namorada, música sertaneja e tsunamis. Independente de tudo isso a vida é boa, viva! Já dizia o bom e velho Belmiro. Mas como todo ser humano tem um defeito grave meu avô tinha o seu! Esse excepcional ponta esquerda, que driblaba tanto, a ponto de sentar na bola e rir do seu marcardor que ficava zonzo, Era sãopaulino roxo, aliás, branco, vermelho e preto.

Uma das coisas que me lembro e me faz rir até hoje era a maneira dele encarar a morte (dos outros, é claro!) alguém era encarregado de lhe dar a triste notícia, com todo cuidado o mensageiro dizia: Seu Birro! Fulano morreu! Ele, consternado por alguns segundos, abaixava sua cabeça e em seguida com um sorriso maroto respondia: Morreu? Mas... antes ele do que eu! Esse era meu querido avô, divertido e feliz, embora, enquanto vivo, não me convenceu totalmente da sua surdez, me pareceu por muito tempo uma estratégia sua para “não ouvir” as broncas da vovó! Sim, ele era capaz disso! Que Deus o tenha.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

EU NÃO CAIBO NESTE MUNDO


Por: Neto Vilhena

A garota do blog quer ir embora
Será que toda bagagem irá também?
Os arquivos pessoais, pensamentos e momentos, os tratos feitos e desfeitos, sua estranheza, as palavras que cortaram como navalha ou os fatos banais, como colocar tudo isso na mala?

Não podemos ir e deixar uma parte de nós para trás!
Como ela conseguirá levar pra outro lugar todos estes anos?
Todas estas marcas?
Como é possível fazer isso?

Reconfigurar o sistema?
Entrar na máquina do tempo?
Suprimir, rebelar-se, deletar tudo?

Você quer algo novo sem finalizar os primeiros projetos?
Você quer um lugar novo sem olhar para o seu coração?
Quer saber o que é certo sem buscar seus erros?
Um outro amor sem reorganizar suas memórias e sentimentos?

Reaprenda a andar, caminhar, chorar
Viaje ao jardim da infância
Sinta novamente aquela alegria pura e ingênua
Grite, cante, brinque, liberte-se!

Nós nos permitimos ser o retrato daquilo que pensam de nós
Abandonamos nossos conceitos, princípios e desejos
Para simplesmente nos retratar, nos reportar, nos adequar

Precisamos dos amigos que sumiram e daqueles que ainda não chegaram
Das confusões do intervalo do colégio
Dos cadernos rabiscados, cheios de “I Love You”
Da fogueira e do violão nos acampamentos

Cada lágrima que cai traz vigor ás dúvidas,
Quero fugir e ficar só! Mas não consigo!
Minha sombra e meu espelho me acompanham

Onde me perdi de mim mesmo?
Como abandonei a estrada?
Qual curva eu derrapei?
Qual o momento exato da ruptura do real com tudo que sonhei?
Corro pra longe, e cada vez mais, fico próximo daquilo que me faz correr!

sábado, 21 de novembro de 2009

EM OBRAS, DESCULPE O TRANSTORNO!

Por Neto Vilhena

Em Jeremias: 18 Deus já fazia menção a obra, a construção ou a reconstrução do homem. O ser humano precisa a todo o momento de uma reforma, precisa construir ou reconstruir algo “Eis que, como barro nas mãos do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel”, é impressionante como ficamos impacientes quando sentimos que não estamos edificando nada e sim vivendo a vida de alguma forma ou “levando do jeito que Deus quer”, tenho um amigo que fez pelo menos oito reformas em sua casa, e pasmem! Ainda não terminou! Historicamente o homem sente o vazio de nunca estar completo, terminado ou consumado! Nada está totalmente acabado ou o satisfaz plenamente.
Sair dos escombros provocados pela guerra interior, brotar, renascer do fracasso, emergir do caos pessoal, passar pelas intempéries deste mundo hostil não é uma experiência muita agradável, apesar de necessária. Toda mudança provoca “reações adversas” de acordo com o seu projeto; alguns sofrem "abalos sísmicos" que danificam a estrutura, toda aquela engenharia que sustenta os pilares invariavelmente fica comprometida. Como resultado disso o reparo, a restauração, a reconstrução exige mais esforço, mais dedicação, planejamento e dor. Apesar de vivermos num mundo transitório e rotativo não nos acostumamos com a idéia da renovação pura e simples, temos que inventar desculpas para não nos adaptarmos. O renovo que Deus promete aos seus eleitos vai além de tudo que pensamos ou imaginamos, Ele vem para revolucionar o meu e o seu existir, pensar e agir. Em razão disso, como somos “seres em construção” devemos ser tolerantes e não julgar as ações controversas de algumas pessoas em determinados momentos. Devemos exortar e muitas vezes corrigir os irmãos, mas tudo há seu tempo e de forma pacífica e respeitosa. Não podemos impor Cristo “Eis que, estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e me abrir a porta, entrarei em sua casa e cearemos, eu com ele e ele comigo” AP:3-20.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O ASTRO QUE ACEITOU A LUZ

Por Neto Vilhena

Entre outras maravilhas que Deus opera no ser humano a partir do renascimento em Cristo é sem dúvida a alegria que sentimos no coração quando alguém se converte; é uma sensação que somente o que anda no caminho do Senhor Jesus tem o privilégio de experimentar, de descrever ou tentar descrever, é uma felicidade ímpar. A última experiência que tive neste sentido foi o batismo de um amigo. Na noite que antecedeu o seu batismo nas águas não consegui dormir direito, acordei várias vezes, estava com sono e cansado, mas não consegui dormir minhas oito horas de sono. Apesar disso acordei feliz, fui tomado por uma sensação de leveza, uma alegria de festa, de ter motivos para se comemorar, em seguida percebi o que estava acontecendo, lembrei-me do batismo do Valmir e entendi porque estava me sentindo tão bem.
Dias atrás fiquei muito emocionado quando recebi um email do Pastor Hamilton que noticiava a conversão de George Harrison. Eu que fui um beatlemaníaco e ouvi durante muito tempo suas canções me comovi com a matéria, pois conheci um pouco da história deste astro da música pop mundial e sabia que George buscava algo muito mais profundo na vida, algo que fosse além dos seus solos de guitarra, algo maior que suas canções, dinheiro e fama, algo que transcendesse seu próprio entendimento. George Harrison enveredou- se pelo mundo das drogas, “viajou sem sair do lugar” e não chegou a lugar nenhum, buscou profetas, gurus e por fim refugiou-se em seu castelo. Após sua morte um grande amigo seu – e muito conhecido dos brasileiros – Emerson Fittipaldi revelou numa declaração á imprensa que Harrison havia aceitado Jesus, o artigo diz: “Muito emocionado, Emerson Fittipaldi contou que esteve em agosto com George Harrison, quando a doença já estava em estado adiantado. Fiquei três dias em Lugarno, na Suíça com George e sua esposa Olívia, e conversamos muito. Quando eu cheguei senti que ele estava bastante abatido. Aos poucos foi se animando e no último dia ele não queria me deixar ir embora. Mostrou várias músicas novas que estava gravando em um novo CD. Muitas delas falavam de Cristo, o que me deixou muito contente em saber que George aceitou Cristo em seu coração, acreditando na vida eterna” , Glórias a Deus por isso! Talvez você que acessou este blog a procura de alguma coisa, talvez navegando pela internet atrás de dar um sentido para sua vida, acredite! Você pode andar em várias direções, buscar em todos os lugares, priorizar família, emprego, vida social em detrimento de Jesus, mas saiba que Ele te ama e espera pacientemente que você se volte pra Ele e diga: sim Jesus, eu quero te conhecer!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

PSEUDOPOEMALIVRE


Não sei se é a lentidão do meu cérebro
ou as aulas que gazeei na oitava série!
Sinto uma dificuldade enorme em traçar uma idéia, uma linha.
Escrever poemas, descrever sentimentos,
problemas de acentuação, afeição! Talvez!

Indrisos, poetrix, trova, haicai e rondel, "quequé" isso? é de comer?
Retrato do avesso, do abstrato, o simples fato é que não conheço a métrica, a estrutura poética, terceto ou dueto. Pra mim ou para mim isso tudo é uma piada, não sei mesmo! É uma frustração; me desculpem os poetas, a ralé e o Patativa do Assaré! Faltam técnica, gramática e concordância, falta talento mesmo! Sem falar no uso excessivo da exclamação! Tá vendo?! Viu?! Um vício!

Nunca quis ser o maioral, mas queria ao menos expressar meus sentimentos, dizer minhas vontades, emaranhar meus pensamentos!
Nulos e abstratos, sei lá, realidade ou não, meus retratos!
Meus; inteiramente meus!

Espaço sideral?
Disco voador?
É pra acabar!
Nem dá pra rimar! Mas faz sucesso!

Infinito e maldito! Maldita tristeza e confusão sem fim,
jornal de papel, carretel de linha e retidão.
O pensar, o reparar ou o “letrar”,
morbidez, intrepidez, desatenção.

A moça magrela banida ou bandida, solução? Talvez não.
Despojos, dez povos, desnudos, contudo assombração!
Murmúrio, Inquietação e manipulação, fé em mim, em si, em nada
Falta algo? Tudo.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

DUALIDADE


A morte da vida
O choro e a alegria
A mocidade na velhice
O amor versus o ódio


A condenação do salvo
O rico e o pobre
O intelectual desprovido
A bandeira da abstinência

O existir e o resistir
A faca e a fé cega
O vinho e mais lágrimas
O começo e o martírio do fim

O exposto e o segredo
A generosidade da crueldade
O lírio e a brasa
O bravo e o inócuo
O perfume da dor

A lua e os planetas
O silêncio dos gemidos
A culpa da inocência
A tristeza e a abastança

A música do barulho
A estrada do comodismo
A esperança e o conformismo
O sábio sem obras
À luz do abismo

A loucura da lucidez
A queda e a cura
Você e quem eu quero que você seja
Eu e tudo o que você não viu em mim
Meus caminhos, suas histórias, um atalho, uma mentira! E fim.

Por: Neto Vilhena

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

TODA COR


Todas as cores do mundo
Aquareladas no seu dia
Todas as dores do mundo
Todas as coisas da vida
Toda dor, quanta dor!


Misturamos as cores
Pintamos valores
Fazemos o mundo cinza
Nossa vergonha vermelha
Um sorriso amarelo

A nuvem branca faz cenário
Pra lua prateada que vem
Rasgando os céus, entre os véus
Mesmo sem o seu perdão
Sem o seu calor!

Quando a coisa está preta
O azul celeste do céu nos cobre
Pincelamos nossos sonhos
Ilustramos nossa alma
Morremos de amor!

E o amor, traz medos e desejos
Nos traz a alma e sempre acalma
Seu sorriso, minha linda
Toda minha, linda flor!

Há todo tempo, há muito tempo
Temo sim, ficar assim,
Sem o seu amor
Pena que o amor tem a cor
E também o sabor da dor!

Mas o colorido vem me resgatar
Vem provar que tudo provém do amor
Vem dizer que assim como toda cor
Vem do verde, do amarelo e do azul
De tudo que é puro e belo
Vem o seu amor.

Por: Neto Vilhena

sábado, 7 de novembro de 2009

SALMO CENTO E CINQUENTA E UM


Blinda-me Senhor, contra os corações doentes e insensatos,
Contra toda maldade e ingratidão;
Blinda-me Senhor da covardia dos incrédulos,
De toda espécie de cativeiro Senhor!
Blinda-me contra todos aqueles que não honraram meu afeto,
Sim Deus, blinda-me contra as loucuras desse mundo ausente de tolerância;
Blinda-me contra toda fonte de impureza espiritual, moral e mental,
Afasta de mim Senhor todos os meus inimigos e amigos que insistem em permanecer mortos;
Pai de misericórdia, de amor e bondade; Deus soberano que nos ampara, nos sustém e abriga, tenha compaixão de mim Senhor! Revela-me seu doce Espírito Santo nos meus dias de angústia e dor;
Oh Pai, cumpra sua vontade em minha vida, me exalte Senhor diante daqueles que estão querendo a minha derrota;
Sim Pai blinda-me! Livra-me de tudo aquilo que me afasta da tua presença e me proteja sempre, sempre e sempre, em nome de Cristo Jesus, amém.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

PEQUENO MILAGRE


As mãozinhas tão pequenas, capazes de levar um toque de bondade a cada lugar.
Os olhinhos curiosos a cada descoberta feita.


A boquinha delicada que balbucia novas palavras a cada dia. Missiquito (mosquito), xikeite (skate), cigaua (cigarra), boeta (borboleta), barúiu de fógusus (barulho de fógos), tamonha (pamonha), pissiá (passear), copo bombeo (corpo de bombeiro), subi sicada (subir a escada), pega bangueua (pegar a mangueira), pagá fogo (apagar o fogo), Zeeezus Crito (Jesus Cristo).



ENTENDEU? NEM EU! QUE SENSAÇÃO MAIS GOSTOSA VER MEU FILHO DIZENDO COISAS SIMPLES E INFANTIS, QUE SENSAÇÃO GOSTOSA! JESUS DISSE QUE PRECISAMOS SER CRIANÇA PARA VER O REINO DE DEUS, E O HENRIQUE ME AJUDA A ENTENDER ISSO.



O rostinho de anjo, as covinhas tímidas no sorriso mais puro que alguém pode ver, a inocência transparecida nos gestos simples.
O que mais eu poderia admirar?!
Deus simplesmente provou que o milagre do amor, da tolerância, da compreensão e do perdão podem ser encontrados em forma de outro pequeno milagre. Meu filho!

Por: Neto Vilhena e Paula Karolinne

O QUE VOCÊ SENTE POR MIM?


Por: Neto Vilhena

Deus fez você assim, com calma,
Doce feito anjo.
Te fez assim, com cuidado,
Deus te fez dos meus sonhos, nos meus sonhos.
Do belo o que é mais belo,
Ele fez assim, especialmente pra mim.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

MISSÃO QUASE IMPOSSÍVEL



Durante a gravidez descobrimos que é mais fácil escolher nome de menina do que de menino, como sabiámos que nosso bebê seria menino, lá fomos nós a procura de um nome, que de antemão não queríamos que fosse bíblico, índio, americanizado e nem composto. Decidi fazer uma lista com os prováveis e (de brincadeira) os improváveis, se bem que teve gente que gostou dos nomes surreais que eu havia inventado, prova de que gosto não se discute, até mesmo os duvidosos...rsss, mas saímos em missão e após analisarmos mais profundamente, escolhemos HENRIQUE, reparem que é o último nome da 2ª lista. Divirtam-se e aproveitem algumas sugestões de nome para o seu filho, rsss.

* BABY NAMES I ( THE MISSION)

EDUARDO THÉO TÉO YVES IAGO ELVIS FÁBIO ERIN MARCEL ANDREAS MARCELO LENON JACQUES TARSO DAN ALEC LUKA ENZO CARLO TORQUATO ALFREDINHO JÃONÃOMAMÃE CRISTIAN TRISTAN CRISTIANO RHAVANAZO VINÍCIUS

* BABY NAMES II (THE MISSION TO BE CONTINUED….)

CAMIRÔNIMO GREGÓRIO JEROMILA POMPEU JR. MATHIAS CRIS ÉRICO IAN IRVING DIEGO ALEMÃO
THIAGO GUILHERME LAURO RICO ABEL YURI ZEZINNÃOMAMÃE AUGUSTO ANDRÉ ALAN HENRIQUE

* BABY NAMES III (TOTAL DESPERATION...)

KEVIN JOHNTEX AUGUSTO NICOLAS ANDRÉ ADRIAN ALÉXIS ALVIN BRANDON BRÉDIPITISON
RONALDINHO GAÚCHO FABIAN FERNANDO NOAH ZAC RENAN ELIAN ETHAN DERBYAZUL DAVI JHAMMELPETY JACOB CORINTHIAN GYBÓYA FREDDYE KRUGGER