segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

MAIS DO MESMO (FELIZ 2034)


Já ouvi muitas histórias
Frases feitas sem efeitos
Simpatias e mandingas
Fogos de artifícios e confeitos

Já senti debilidades
Um tanto indignado
Mas não há razão em ter razão
Hoje pareço um maluco esclerosado

Já pensei, esmiucei, replanejei
De novo o ano novo se aproxima
Busquei a lógica do amor e do poder
Mas ainda não encontrei a rima

Já fiquei confuso com tantos planos
Hoje penso que penso diferente
Segue a vida como dá
Com Deus haverá de ser nesse instante

Fatos novos desvelados
Retrospectiva colorida
Esperança reengenhada
De uma porção daquilo que é a vida

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

O TEMPO E O SOL



TEMPO BOM é o que passou
Que tempo ERA aquele?
Tempo bom é o que virá
Que SAUDADE dele!

Outrora tivéssemos UM ÍNTERIM
Riria de mim no fim?




Tempo que escorre pelas mãos
O tempo da imensidão, DA INEXATIDÃO 
NA MADRUGADA, coração a mil, entrando pelo seu portão

Noites passadas, DORES PAUSADAS
Mãos no ponteiro do relógio da vida
Sôfrego tempo temporal

Tempo bom é de chuva!
DE CHUVAS E chuviscos
Raios de minutos
Poucos beijos, MUITOS RISCOS

SEGUNDOS ininterruptos DE UMA SAUDADE viral
Ledo engano que se formava num grande TEMPORAL
Tempo bom é anteontem, é hoje, é nunca
Ampulhetas ainda me machucam

Tempo bom, sem nuvens, nem mágoas
TUDO BEM, JÁ PASSOU!
As redes, as viagens, os presentes e O AMOR





sexta-feira, 16 de novembro de 2012

TOMA MINHA ALMA


Hoje percebi!
Ninguém espera por mim
Ninguém espera em si
Ninguém tem medo de mim
Ninguém me ajunta pra si

Hoje percebi!
Ninguém acredita em mim
Ninguém acredita em si
Ninguém se honra em mim
Ninguém separa-me pra si


Hoje, com toda dor, percebi!
Ninguém termina em mim
Ninguém socorre a si
Ninguém provoca em mim
Ninguém me envolve pra si

Hoje com muita dor, desisti!
Mas, alguém vai pensar em mim
Alguém tentará recolher-me pra si
Alguém falará em mim, por mim
Alguém, um dia, certamente me quererá pra si

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

MÁRCIA


Sal da vida, vide sal corrompido
Malvada vida entristecida
Sal do mar, do mal, enternecido e escondido
Mal. Maltrapilho amor, calor

Algo mais?
Velocidade fatal? Faz mal?
Não entendo nada sobre Solsbury Hill
Quero mais, quero mar, quero Márcia

Cais do porto
Quase morto
Corria, cantando e feliz por acordar você
Noites a mais a meia noite

Quando todos dormiam, semeávamos amor

Abria vagarosamente o portão
E logo um beijo ecoava
Sal do mar, saudade mais
Imediatamente mais!

Sei que restam poucos dias
Respiro cada minuto deles
Quero correr, remar, incendiar!
Quero viver, dormir e te ver novamente meu amor


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

SEM COMENTÁRIOS


Hoje me calo pelo que somos
Hoje me calo pelo que nos tornamos
Hoje me calo!

Hoje me calo pelo ateísmo
Hoje me calo pelo nosso egoísmo
Hoje me calo!



Hoje me calo pela “guerra dos santos”
Hoje me calo pelos falsos mantos
Hoje me calo!

Hoje me calo pela cegueira espiritual
Hoje me calo pelo culto ao sobrenatural
Hoje me calo!

Hoje me calo pela inversão do que é o amor
Hoje me calo por tanta dor
Hoje me calo!

Hoje me calo pelo que haveremos de ser
Hoje me calo pelo o quê dizer
Hoje me calo!

Hoje me calo pela frieza da nossa paixão
Hoje me calo por todos nós que dizemos não
Hoje me calo!

Hoje me calo pelo desespero da nossa alma
Hoje me calo sem manter a calma
Hoje me calo! 

Hoje me calo
Hoje não falo!

domingo, 12 de agosto de 2012

PROCURANDO A SAÍDA


Onde é a porta?
Onde acende a luz?
Onde é a saída desse labirinto?
Infinito...

Qual é a direção?
Navego sem mapas ou bússolas!
Onde encontro o meu mundo?
Profundo...




Como entrei nesse furacão?
Como perdi o rumo?
Tudo estava na minha mão
Perdão...

Você não me faz falta!
Você não me tem mais!
Quero apenas a chave
Destrave...

Quero ver meus filmes
Quero caminhar pela avenida
Quero rir da vida
Ferida...

Quero contar piadas
Quero sair na chuva
Quero voltar pra mim
Assim...

Quero podar as flores
Quero molhar o jardim
Quero viajar para o mar
Amar...