sexta-feira, 23 de novembro de 2012

O TEMPO E O SOL



TEMPO BOM é o que passou
Que tempo ERA aquele?
Tempo bom é o que virá
Que SAUDADE dele!

Outrora tivéssemos UM ÍNTERIM
Riria de mim no fim?




Tempo que escorre pelas mãos
O tempo da imensidão, DA INEXATIDÃO 
NA MADRUGADA, coração a mil, entrando pelo seu portão

Noites passadas, DORES PAUSADAS
Mãos no ponteiro do relógio da vida
Sôfrego tempo temporal

Tempo bom é de chuva!
DE CHUVAS E chuviscos
Raios de minutos
Poucos beijos, MUITOS RISCOS

SEGUNDOS ininterruptos DE UMA SAUDADE viral
Ledo engano que se formava num grande TEMPORAL
Tempo bom é anteontem, é hoje, é nunca
Ampulhetas ainda me machucam

Tempo bom, sem nuvens, nem mágoas
TUDO BEM, JÁ PASSOU!
As redes, as viagens, os presentes e O AMOR





sexta-feira, 16 de novembro de 2012

TOMA MINHA ALMA


Hoje percebi!
Ninguém espera por mim
Ninguém espera em si
Ninguém tem medo de mim
Ninguém me ajunta pra si

Hoje percebi!
Ninguém acredita em mim
Ninguém acredita em si
Ninguém se honra em mim
Ninguém separa-me pra si


Hoje, com toda dor, percebi!
Ninguém termina em mim
Ninguém socorre a si
Ninguém provoca em mim
Ninguém me envolve pra si

Hoje com muita dor, desisti!
Mas, alguém vai pensar em mim
Alguém tentará recolher-me pra si
Alguém falará em mim, por mim
Alguém, um dia, certamente me quererá pra si

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

MÁRCIA


Sal da vida, vide sal corrompido
Malvada vida entristecida
Sal do mar, do mal, enternecido e escondido
Mal. Maltrapilho amor, calor

Algo mais?
Velocidade fatal? Faz mal?
Não entendo nada sobre Solsbury Hill
Quero mais, quero mar, quero Márcia

Cais do porto
Quase morto
Corria, cantando e feliz por acordar você
Noites a mais a meia noite

Quando todos dormiam, semeávamos amor

Abria vagarosamente o portão
E logo um beijo ecoava
Sal do mar, saudade mais
Imediatamente mais!

Sei que restam poucos dias
Respiro cada minuto deles
Quero correr, remar, incendiar!
Quero viver, dormir e te ver novamente meu amor