segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O PENSAR E O AGIR


“A palavra de Deus é viva e eficaz; ela é o nosso alimento espiritual para a nossa transformação e para a reconstrução do nosso ser”

Fui pego de surpresa ao ser chamado a escrever um texto para minha filha que estava em um retiro espiritual, confesso que fiquei atônito, logo eu que gosto de escrever! Mas ás vezes traduzir sentimentos e momentos em palavras é difícil; aí me lembrei de uma coisa que aprendi na minha caminhada com Cristo: Jesus nos libertou para a liberdade e é isso que eu pensei em dizer a ela naquele momento. Temos muitos “cativeiros”, sentimentos em nossos corações que nos tornam escravos, mas aprendi a crer que Jesus desfaz tudo isso e partir daí, podemos nos expressar e permitir entender a graça de Deus.

Estou feliz pela Vanessa, pelo que ela se propôs a fazer naquele encontro com Deus; muitas vezes não nos damos conta de que Ele, através do seu Filho está sempre operando, transformando e nos preparando para sermos melhores, para vivermos a vida em toda sua plenitude!

Quero traduzir minha vida em atos concretos de amor, algo que faça efeito. Quero dizer que hoje não existe nada que me impede de amar minha filha e desejar cada vez mais ficar próximo dela! Sou grato a Deus pela sua vida, sou grato a Deus por ter conhecido a Mari, que segurou a barra sozinha e mesmo assim sempre demonstrou em “atos concretos de amor” que me queria bem.

Em setembro de 2010 as duas me proporcionaram uma felicidade ímpar, quando fui á Rolim participar de uma festa surpresa para a Vanessa; aquilo tudo foi muito importante para mim, especialmente por sentir o que eu senti; saí de Vilhena chorando e voltei chorando a ponto de pensar em parar o carro! Na ida chorei ao perceber que pela primeira vez eu estava viajando especialmente e exclusivamente para vê-la, e quando retornei chorei por saber que Deus, na sua misericórdia, permitirá mais e mais momentos como aquele.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

WORDS


Frases feitas! Cheias de efeitos e defeitos! Frases ditas, proferidas, benditas, frases até bonitas.
Ineficientes, ineficazes, incapazes de transformar, revigorar ou edificar! Palavras faladas, cantadas, vomitadas e declaradas, são apenas palavras; elas não agregam, não constroem e nada significam.

Somos ensinados, doutrinados a chorar, enternecer, constranger ou nos comover com elas. Mesmo vazias, filosóficas, insípidas, sem odor, vida ou calor; sem o princípio ativo do remédio que alivia, consola, conforta ou até cura.

Será que queremos falar e desejar tudo aquilo que tentamos resumir e sintetizar numa frase dessas? Será que temos e queremos todo esse amor, esse carinho, solidariedade e preocupação para com os que nos cercam?
Será que somos perfeitos, certos, corretos ou coerentes com aquilo que dizemos ou nos associamos?

Será que exprimimos, sentimos ou externamos o que está nas entrelinhas de um texto assim?

CAMINHOS


IR
VIR
IDA
VOLTA
REVOLTA
RETORNO
DESGOSTO
VONTADE
CORAGEM
PARAGENS
DESAFIO
SENTIR FRIO


VIVÊNCIA
CARÊNCIA
EXPERIÊNCIA
INEXPERIÊNCIA
ENCARAR
ENFRENTAR
ENCORAJAR-SE

BATALHAR
PROSSEGUIR
CONSEGUIR
SER FELIZ
MERECER
CRESCER
VIVER
VENCER!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A VIDA COR DE ROSA


Seus olhos que me fazem baixar os meus...

Seu riso que se perde em sua boca,
apenas um retrato sem retoque
da mulher a quem pertenço

Quando você me envolve em seus braços
e me fala baixinho,
vejo a vida cor-de-rosa!

Quando você me diz palavras de amor,
mesmo palavras cotidianas, isso me toca!

Elas entram e transpassam meu coração,
proporcionando-me nesse mundo um pouco de felicidade

É assim que a vejo;
simplesmente sinto em mim
um coração que bate, e bate mais forte,
noites e noites assim

Uma grande felicidade que toma o seu lugar!
Os aborrecimentos e as tristezas que se apagam.

Feliz! Feliz com você até morrer, até viver! Até o fim!

Por Neto Vilhena (Baseado em "La vie en rose")

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

CAIXA DE SAPATOS


Quando preciso de algum documento, ou quando quero reler alguma carta ou mesmo ver uma foto antiga, vou para o meu quarto e abro a minha indefectível caixa de sapatos. Uma caixa amarelada, empoeirada e esquecida em alguma gaveta do armário; com todo cuidado vou esmiuçando seu conteúdo; vejo vários papéis e objetos, encontro algumas coisas dentro dela que ainda me surpreendem e assustam, outras me fazem relembrar algumas pessoas ou fatos que fizeram parte da minha vida, mas o certo é que começo uma viagem de volta ao passado, uma viagem invariavelmente nostálgica e empolgante; algumas vezes reflexivas ou apenas carregadas de lembranças de um tempo que já se foi, de pessoas que já se foram, momentos únicos e importantes que jamais se repetirão.


Entre um papel e outro vou navegando, remexendo esse mar de informações e registros, coisas que marcaram minha vida, episódios que vivi de forma intensa, memórias que ainda reverberam na minha alma. Pergunto-me num determinado momento se vale a pena manter guardadas todas essas lembranças; pergunto se eu poderia trazer tudo ali para os dias de hoje, o que valeria a pena reviver ou rebuscar?


Mas como seres controversos e limitados que somos é quase impossível saber se alguma coisa foi realmente edificante, agradável ou positiva em nossas vidas, temos nosso campo de visão comprometido com falsos valores, idéias equivocadas, talhadas por influencias de um mundo cada vez mais decadente, cruel e carente de amor.


Será que existe alguma coisa pela qual deveríamos lutar novamente? Correr o risco de defender? Reler? Ou tudo o que passou - coisas boas ou más - deve permanecer no passado, esquecido dentro de uma velha caixa empoeirada dentro do armário?

E você? Tem uma caixa dessas por acaso? Duvido?

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

UMA RESPOSTA


Saibam que eu não cri, talvez não percebi
Saibam que eu não li, e nem ao menos consegui resumir
Sua linha, sua cartilha; não quero julgá-la, culpá-la, mas coexisti!
Duvidei, não criei, modifiquei; apenas pensei que seria possível viver sem ti!.


Corri atrás, lutei demais, contra tudo, contra todos e contra mim mesmo; quebrei a cara! Insisti e pude até agora resistir!

Enquanto livre, enquanto vivo... Insalubre, voltando ao convés, no revés de tudo... E o que é? Não sei... Só sei medir... Não posso mais esperar! Deixar de mostrar; esconder, sustentar, defender ou omitir minha admiração e o meu amor por ti!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

PROCURO


Cadê meu pé de coca cola lima?
Cadê minha verdade obscena?
Meus conflitos teológicos
Meus críticos sisudos, cadê?

Cadê minha prole eficaz?
Minha irmã e minha paz
Cadê meu argumento?
Meu convencimento cadê?



Minha bebida embriagante
Cadê meu short de corrida?
Minha vida delirante
Cadê meu conselho e meu espelho?

Minhas rugas, minhas rusgas
Meu passeio itinerante
Cadê a metade de vocês?
Meu acaso e atrasos intrigantes

Meu entorpecente decente
Cadê meu manifesto importante?
Minha sangria e minha manhã
Seu vestido vermelho, lindo e esvoaçante

Meu preconceito de retirantes
Cadê meus amigos derribados?
Minha vida preocupante
Minha net lenta e lentamente

Cadê meus normais amigos? Meus pares pensantes?
Meu tesouro e minha praia
Meu olhar distante
A lua iluminada pelo seu sol escaldante

Cadê minha cama? Minha ama?
Meu carro possante
Minha rotina maçante
Cadê meu guaraná estimulante?

Cadê alguém?
Minha cara de farsante
Cadê minhas moedas e troféus, cadê?
Cadê você novamente no volante?