quarta-feira, 25 de novembro de 2009

MEU VELHO, MEU AMIGO!


Por: Neto Vilhena

Birro, este é o apelido do meu avô. Nascido em 1899, dono de armazém, figura carismática, engraçada por natureza e bem humorada graças a Deus. Pessoa respeitada e apreciada por todos; com o passar dos anos, após um acidente doméstico ficou com a audição comprometida. Infelizmente depois de adulto tive pouco contato com ele, porém minhas lembranças da infância ao seu lado ainda permanecem vivas na memória, aprendi muitas lições com este velho, umas delas é manter o bom humor na vida e ver as coisas com um olhar singelo e puro.

Apesar deste mundo moderno tentar me manter sempre ocupado, ranzinza e mal humorado, ainda experimento alguns surtos de meninice, do bom humor e rebeldia ao sistema convecional; sou moleque, sou uma criança de 42 anos, me nego a crescer e me tornar um idiota; o empresário dono da empresa tal, doutor fulano, pai austero, carrancudo, que não ri de mais nada, me nego mesmo! Basta! Hoje tento rebuscar essa sutileza nas relações, essa gentileza e simplicidade que nos fazem seres realmente humanos e que o meu lindo avô sabia expressar e viver como ninguém.

A vida está cheia de ciladas, e sabemos quem as arma, mas isso é outra história, a verdade é que diante de tanta praga hightech, violência e intolerância; somos obrigados a “fugir da mídia” de vez em quando, sem falar nas doenças, nos programas de TV como o SuperPop e Domingão do Faustão, Brasil Telecom callcenter, saudade da ex-namorada, música sertaneja e tsunamis. Independente de tudo isso a vida é boa, viva! Já dizia o bom e velho Belmiro. Mas como todo ser humano tem um defeito grave meu avô tinha o seu! Esse excepcional ponta esquerda, que driblaba tanto, a ponto de sentar na bola e rir do seu marcardor que ficava zonzo, Era sãopaulino roxo, aliás, branco, vermelho e preto.

Uma das coisas que me lembro e me faz rir até hoje era a maneira dele encarar a morte (dos outros, é claro!) alguém era encarregado de lhe dar a triste notícia, com todo cuidado o mensageiro dizia: Seu Birro! Fulano morreu! Ele, consternado por alguns segundos, abaixava sua cabeça e em seguida com um sorriso maroto respondia: Morreu? Mas... antes ele do que eu! Esse era meu querido avô, divertido e feliz, embora, enquanto vivo, não me convenceu totalmente da sua surdez, me pareceu por muito tempo uma estratégia sua para “não ouvir” as broncas da vovó! Sim, ele era capaz disso! Que Deus o tenha.

Um comentário:

  1. Paz em Cristo jesus eu gostei muito do teu Blog é mo benção... ((Veja))www.blog-vidaprofetica.blogspot.com deixe um comentaria blz até logo valeuuuuu...

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