domingo, 13 de janeiro de 2013

FIM SEM FIM




Já fomos um
Com asas fortes e reluzentes
Já fomos um
Presos ao lixo suspenso na avenida

Já fomos um
Meramente Senhor e Senhora
Já fomos um
Com causas perdidas no céu



Já fomos um
Sem grandes heróis por perto
Já fomos um
Naquele grito de horror na madrugada

Já fomos um
Inaugurando ruas estreitas e becos com saídas
Já fomos um
Dançando aquele interminável reagge

Já fomos um
Na trincheira, na Cachoeira da Fumaça
Já fomos um
Andando na contramão pela manhã

Já fomos um
Criando almas inocentes
Já fomos um
Brincando com o destino


Já fomos um
Já somos um

Um comentário:

  1. Lindo poema, Neto.
    Nos remete às constatações inevitáveis e às vezes tardia que temos na vida...
    Gostei muito.
    Parabéns poeta de incontáveis poemas.

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