A vida é uma
morte silenciosa
Que vem
sorrateiramente nos calando aos poucos
Que nasce
e se afoga nas lembranças do que não vemos
O que faz
sentido pra você deixa de existir pra mim
O que corre
também morre, e o que morre ninguém socorre!
Nascemos e crescemos
Qual homem
do futuro
Passando pelos
anos
Que se cerram
enquanto inocentemente procuramos
Fecham-nos
as portas
Fecham-nos a
cortina
Roubam-nos os
sonhos
Apagam-se as
luzes
Até onde essa
máquina do tempo poderia nos levar?
Cremos no amanhã
Presos
ao passado
Paradoxo
temporal
Inevitável
Inexorável
morte!
Ela
caminha para nos abraçar, nos alcançar
Enquanto tentamos
fugir correndo ao seu encontro
Ela vem com
sua impiedade
Livrando-nos
dessa dor banal
Vem no seu
cavalo maestro
Conduzindo
sua miserável inquietude
Cumprindo
sua tarefa, o destino
Sinto uma
lenta e ineficaz pulsação
Dando ordens
ao meu coração
Quero fugir
do meu mundo
Quero vê-la num segundo
Quero
encontrá-la
Talvez no deslumbrante
multiverso a encontre!
Onde está você?
Sou seu último
suspiro
Sou seu derradeiro sopro
Seu fôlego de vida
Sua única saída
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