quinta-feira, 19 de maio de 2016

O REI INGRATO DE PLUTARCO



Muito bacana viver livre - ou viver pensando que se é - trabalhar no litoral, ou acampar nas chapadas do mundo, nas montanhas ou no Vidigal. Estudar a natureza, contemplá-la bebendo vinho sob o luar ao redor da fogueira. Muito bom, muito bom mesmo ser amigo de todos e encontrar guarida até no Nepal. É cool ter uma mulher e no outro dia ela se mandar com outra. É bacana fazer amor a qualquer hora, com qualquer um, em qualquer lugar; tudo em nome do livre "amor" - mesmo um amor egoísta, hedonista ou qualquer tipo de amor, que não seja amor na sua essência -. É “in" amar as árvores, fazer amor com elas, transcender entre o real e as viagens alucinógenas. É um barato ser querido(a) pois não temos opositores, nem doutores que nos questionam, que nos confrontam; mas se os tivermos, simplesmente os rotulamos de retrógrados, de reacionários...otários e fica tudo certo, fica tudo bem. Sim, eu aceito essa pecha! Aceito o rótulo, sou um convicto ultrapassado, insensível, que se submete à uma guerra interior para não ser presa fácil das convicções alheias, das ondas, modas, modismos e idiotismos. O instinto materno talvez seja a única explicação pela predileção por bandidos, por transgressores, por amores vãos. Não tenho mais nada a lhe ofertar, não há mais nada a dizer, a não ser que talvez, apesar de sermos tão opostos, diferentes e distantes, esperemos pela mesma plenitude!

Nenhum comentário:

Postar um comentário